Bagdá deve seguir São Paulo na proibição ao fumo em lugares fechados



Os paulistas começaram a perceber agora qual a sensação de ir a um bar ou boate (balada ou discoteca, dependendo a faixa etária) e voltar para a casa à noite sem o cheiro de fumaça.


Mas será que essa moda pega? O governo iraquiano enviou ao Congresso uma lei para banir o cigarro de todos os ambientes fechados e prédios públicos. Não consigo imaginar como será. No mundo árabe, assim como na Espanha e em alguns países europeus, quase todos fumam. Nos táxis,a educação é oferecer o cigarro ao passageiro, e não perguntar se pode fumar. Em Bagdá, não é muito diferente. Aliás, até pior, já que grande parte dos libaneses vive ou viaja para exterior. Outros possuem família em países como EUA, Austrália e Canadá, enquanto não há diáspora de iraquianos, a não ser para a Síria.

Aparentemente, a decisão provém da influência dos americanos. O Iraque tem aprendido muito com as tropas dos EUA. Sendo contra ou a favor da guerra, sabendo de todas as mortes que já ocorreram no país, dá para ver um lado positivo na ocupação americana. O Iraque, depois do Líbano e dos palestinos – e, até certo ponto, do Qatar – está mais próximo da democracia do que seus outros vizinhos árabes. E também adota posturas como a da proibição do cigarro, já que fumantes passivos possuem elevada chance de ter câncer e outras doenças. O cigarro, de acordo com o Ministério da Saúde do Iraque, mata 55 pessoas por dia no país, contra dez em consequência do conflito.

Claro, ainda haverá a questão do narguile. Proíbe também ou não? Na Turquia (que não é árabe), vão proibir. Certamente, a oposição será maior do que no caso do cigarro. Faz parte da cultura da região sentar em uma casa de chá, fumar narguile e jogar gamão. Vamos ver no que dá

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